O Deus que pode, mas nem sempre faz...


Ø  Texto base: “Não estou pedindo que o Senhor os tire do mundo, mas que os proteja do maligno.” João 17:15

Nessa oração de Jesus, não apenas pelos apóstolos, mas também por todos nós que creríamos nEle (v. 20), é solicitado ao Pai uma série de coisas, mas o v. 17 chama muito a atenção pelo fato de Cristo dar ênfase ao que Ele NÃO está pedindo (...que os tire do mundo...) mas que nos proteja do maligno.

Se pararmos para analisar tudo o que Jesus e os apóstolos transmitiram pela Palavra, quer fosse através de palavras ou por ações (testemunho), sempre veremos palavras de força, ânimo, esperança, não da forma que a igreja moderna tem feito dizendo que Deus vai exaltar fulano na terra, abater os inimigos de ciclano, vai fazer e acontecer, não! Definitivamente longe e antagônico a isso! Mas sempre as palavras eram para ajudar e ensinar, não apenas aos destinatários diretos, mas também a nós, que viríamos posteriormente, a enxergar e gozar de alegria, Paz, tranquilidade, mesmo em meio as piores provações, tornando-as bênçãos. 

O quadro da igreja de Cristo, aquela cujo compromisso é com a verdade divina, sempre foi e sempre será de perseguição, a grande prova disso está nas mortes brutais do próprio Cristo, dos apóstolos, (com exceção de João, que morreu de causas naturais, porém preso e exilado), de Estêvão e mais milhares de casos relatados e que ainda hoje acontecem, apenas no ano de 2014, mais de 100.000 pessoas morreram no mundo por serem cristãos, logo, eles raramente experimentavam outros tipos de situações, ou seja, aprendia-se a viver em tais circunstâncias, ou “pedia/pede para sair”. Entre todas as promessas de Cristo, podemos resumir em duas: que teríamos aflições e a vida eterna. Todas as demais, são consequências de nossa busca.
Sendo assim, a quais ações malignas Jesus referiu-se?

Bom, olhando bem rápido, de um modo resumido e superficial, já podemos afirmar que certamente Jesus não falava de ações malignas externas, mas sim o que elas poderiam nos causar internamente como: incredulidade, fraqueza espiritual, apostasia e morte também espiritual, ou seja, o grande “X” da questão, não é tudo o que o mal poderia fazer, mas sim as consequências desse mal...
De igual modo os verdadeiros cristãos não gostam das adversidades, mas sim do efeito que elas causam, por isso as tem como vitórias, pois aprenderam a olhar todos os tipos de sofrimentos como degraus que os elevam espiritualmente, fortalecendo-os assim, através do poder de Deus. Esse era o ponto a que Jesus se referia.

         Que aprendamos então a pedir forças ao Pai para prosseguirmos a jornada da fé no chão da vida, sabendo identificar e aproveitar as oportunidades nos dada por Ele, seguindo o conselho de Paulo aos filipenses para alcançar a Paz que excede todo entendimento humano:
                       
Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor.Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.Filipenses 4:4-7

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