O Fruto do Espírito (Gálatas 5:22), é o próprio caráter de Cristo, são resultados mostrados através de ações após o Espírito Santo habitar em nós. Particularmente, costumo figurar como uma Mexerica (também chamada de pokan, vergamota, bergamota ou tangerina), que apesar de ser apenas um fruto, possui vários gomos. Veremos item a item (ou gomo a gomo) do Fruto, para que possamos entender melhor e buscar de um modo lúcido.

Amor (ágape) à É o amor puro, desprendido, sacrificial, que Deus mostra para conosco. A única maneira de aprendermos este amor é olhando para seu exemplo. Este amor sempre procura o melhor para aqueles que são amados. Deus procurou o melhor para nós quando deu seu Filho. O discípulo que ama Cristo obedece a tudo que o Senhor ordenou (João 14:15), o imitador de Deus que ama seus inimigos não procura destruí-los, mas ajudá-los e salvá-los (Mateus 5:43-48). Não há maior desafio nas escrituras do que amar como Deus ama. Em contraste com as paixões da carne, vazias e passageiras, este amor é eterno (1º Coríntios 13:13).

Alegria à Descreve o privilégio de regozijar em Cristo, apreciando as maravilhosas bênçãos de nossa relação com ele. Esta alegria não é dependente de nossas circunstâncias físicas. Dinheiro não compra esta alegria. Um dos livros do Novo Testamento que fala mais claramente sobre alegria foi escrito por um homem que sofreu muito. Enquanto ele estava na prisão, onde às vezes lhe faltava o essencial, Paulo escreveu a seus irmãos em Filipos: "alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filipenses 4:4; veja também 3:1; 1º Tessalonicenses 5:16). Muitas pessoas pensam que tal felicidade depende das circunstâncias. Até mesmo muitas igrejas falam tanto de saúde física e bênçãos materiais que dão a impressão de que essas coisas são necessárias à felicidade. A prosperidade física é nada mais do que um substituto barato e temporário para a alegria real que encontramos em Cristo. Os verdadeiros cristãos não consideram cada provação e dificuldade como um sinal de infidelidade ao Senhor, mas percebem que tais provações são ocasiões para alegria e oportunidades para crescimento espiritual (Tiago 1:2-4). Nossa alegria vem de Cristo, que é totalmente suficiente, não da temporária prosperidade material.

Paz à É a sensação de bem-estar e tranquilidade que resulta de nossa amizade com Deus. Numa de suas horas mais difíceis, Jesus falou com seus apóstolos a respeito de sua partida. Ele tinha que ir embora, para completar sua missão. Mas o próprio pensamento desta partida afligia profundamente os apóstolos. Nesse contexto, ele lhes deu esta segurança: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). Jesus não está fisicamente presente neste mundo, mas nos deixou sua paz que excede a todo e qualquer entendimento humano (Filipenses 4:7)!

Longanimidade (paciência) à É a capacidade de pensar antes de agir. Por causa da sua longanimidade, Deus tem dado tempo suficiente ao homem para se arrepender de seus pecados (2º Pedro 3:9,15). Ele não quer condenar ninguém, então procura a reconciliação com cada pecador. Paulo nos diz que a mesma atitude deveria governar nossas relações com nossos irmãos (Efésios 4:2). Em vez de escapar com raiva ou agir despeitadamente para ferir aquele que nos feriu, deveríamos pacientemente mostrar nosso amor e procurar reconciliar com essa pessoa. Tal atitude melhorará nossas relações em todos os aspectos. As igrejas e famílias serão mais fortes e mais felizes se cada membro praticar a longanimidade verdadeiramente.

Benignidade (disposição em ser bondoso com o próximo; intenção; sentimento) à É a bondade de Deus, que é melhor ilustrada por suas ações para nos salvar quando estávamos profundamente enterrados no pecado. Paulo mostra este ponto em Tito 3:3-7. Deus nos viu em pecado, como escravos de todo tipo de desejo ruim e totalmente incapazes de nos salvarmos. Por causa de sua benignidade e amor, ele nos abençoou ricamente através de seu Filho e do Espírito Santo e resgatou-nos do pecado. Agora, em vez de sermos escravos, somos herdeiros, com uma esperança de vida eterna! É assim que Deus mostra benignidade. Temos que imitar tal bondade, principalmente para com nossos inimigos (Lucas 6:27-36)!

Bondade (ação) à É bem semelhante à benignidade. Esta palavra ressalta a generosidade em dar mais do que alguém merece. É a palavra que Jesus usou para descrever o homem que pagou ao seu empregado mais do que seu trabalho realmente valia (Mateus 20:1-15). Os cristãos não devem ser pessoas avarentas, tão preocupadas com o que é "certo" que perdem a capacidade de ser generosas e dar mais do que uma pessoa realmente merece. Deus é generoso para conosco, devemos ser generosos para com outros (Mateus 18:23-35).

Fidelidade à É a lealdade que mantém sua palavra, cumpre suas promessas e não trai os outros. Empregados devem mostrar esta qualidade em seu trabalho (Tito 2:10). Aqueles que ensinam o evangelho têm que mostrar fidelidade em seu uso da palavra, percebendo que serão julgados por Deus (2º Timóteo 2:2; 1º Coríntios 4:1-4).

Mansidão à É algumas vezes confundida com fraqueza e timidez, mas esta qualidade nunca é fraca. Mansidão, ou brandura, é a força sendo dominada. Moisés e Jesus eram mansos, mas mostravam força para enfrentar as autoridades poderosas de seu tempo e condenar claramente seus pecados. O cristão tem que mostrar sua sabedoria com mansidão (Tiago 3:13). Esta é a atitude da submissão humilde, dominada, com a qual temos que estudar a Bíblia (Tiago 1:21). É a atitude que os seguidores de Cristo têm que mostrar quando resgatam um irmão que recaiu no pecado (Gálatas 6:1; 2º Timóteo 2:25).

Domínio próprio à É a capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, como um escravo de paixões pecaminosas, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (2º Pedro 1:6). Esta característica nos capacita a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam as vidas de muitas pessoas que continuam a andar na carne.


Notamos ao longo de nossa jornada, diversos ensinamentos de quase todos os assuntos possíveis no que diz respeito à Palavra de Deus. Nosso objetivo não será diferente, exceto o foco de nossa busca: Como sermos cristãos de verdade? Como vivermos de fato as ordenanças de Jesus?

Percebemos também que a maior parte das pessoas busca poder, autoridade, honra, títulos, conhecimento, reconhecimento e etc, com isso, confundem o mover do Espírito Santo com ser cheio do Espírito Santo.

Ser cheio do  Espírito Santo, consiste em revelar o caráter de Cristo através da nossa vida e isso é unicamente possível, estando no centro da vontade do Senhor com nossas emoções, pensamentos e atitudes. Isso não significa que não erraremos mais, mas sim que buscaremos a essência de Jesus, o verdadeiro caráter cristão para nossas vidas.

Um bom exemplo disso é Pedro (Mateus 26:73), o cenário é a prisão do Mestre e a negação do discípulo, que mesmo “jurando de pés juntos”, seus acusadores afirmavam com veemência a proximidade, pois até a fala de Pedro o denunciava, por mais infiel que foi naquele momento, a essência do Messias estava impressa nele. Lembremos que o mesmo Pedro que negou, ao discursar em Atos fez-se canal para alcançar a milhares de vidas de uma só vez e após isso, teve uma carreira na fé impressionante.

           Só conseguiremos fazer uma igreja sadia com pessoas restauradas, pessoas que visam a expansão do Reino de Deus com qualidade, pessoas que se importam em fazer o melhor para o Pai na simplicidade do viver, ou seja, entendem que tanto faz num galpão de tijolos, na fila do supermercado, no ponto de ônibus, na rua e principalmente dentro de casa, pode-se fazer uma Igreja sadia sendo biblicamente saudável.

vale lembrar que: 

"Uma vida de amor não é Evangelho, mas o Evangelho Gera uma vida de amor." (Timothy Keller - Livro: Igreja Centrada)

Descubram a beleza do servir, doando-se, sendo servos fiéis, que alimentam seus conservos dia a dia (Mateus 24:45).

Um rapaz que conheço que está lutando contra o vício em drogas, veio conversar comigo, quando perguntei o assunto, abaixou a cabeça e disse: “Eu caí”...

Na hora me passaram inúmeros pensamentos que não pude organizar e guardei-os para mim...
Conversamos, oramos e pensamos em opções de ações a serem tomadas. Após isso, depois que fiquei só, essa expressão não saiu da minha cabeça, mesmo tendo escutado por toda minha caminhada cristã, ela me intrigou e comecei a dar atenção aos pensamentos...

Primeiro, tentei definir o que exatamente é “cair” no meio religioso, não é difícil entender que é usado como sinônimo de pecar, falhar, transgredir uma lei ou cometer uma falta.
Feito isso, comecei lembrar de momentos em que ouvi isso e percebi que é usado em falhas que NÓS consideramos mais graves, como transar antes ou fora do casamento, beber, usar drogas ou coisas do tipo que escandalizam de um modo geral, porém, a coisa é muito mais fundo do que imaginamos...

Caímos ao olhar cobiçosamente uma mulher/homem, caímos ao responder mal a alguém, caímos quando não ajudamos e temos condições de fazer algo, ainda que seja uma conversa, caímos quando xingamos no trânsito, caímos ao idolatrar um cantor, pastor ou qualquer outra coisa/pessoa, caímos sempre com qualquer mau testemunho!

Infelizmente, muitos de nós ficamos impregnados com a cultura religiosa e mau hábito de taxar determinados pecados, sendo que estamos todos no mesmo barco...

Lembrem-se: Não podemos apontar para irmãos piedosos só porque os pecados deles são diferentes dos nossos.

Minha oração é que Deus mude nossos conceitos e elimine os PRÉ-conceitos, para que possamos e passemos a olhar com amor para os que caíram, como nós somos, todos nós... 


Existem práticas que todos nós, que dizemos ser cristãos deveríamos ter para nos parecermos mais com o Mestre; Entendemos, que são nas reações, na existência e convivência no chão da vida no dia-a-dia que realmente mostramos se somos convertidos ou convencidos.
Existe uma lista muito boa na carta aos romanos, vou pontuá-la para nosso melhor entendimento...

TEXTO BASE: Romanos 12:9-21

O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;
Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;Sede unânimes entre  vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

1. AMOR FRATERNAL (V.09,10)
2. NÃO SER HIPÓCRITA (V.9)
3. NÃO GOSTAR DO MAL (V.9)
4. PREGAR E VIVER O BEM (V.9)
5. HONRAR AO PRÓXIMO, NUNCA HUMILHAR (V.10)
6. ZELOSO, RESPEITADOR, CUIDADOSO (V.11)
7. FERVOR NO ESPÍRITO SANTO (V. 11)
8. SERVIR AO SENHOR (V.11)
9. ALEGRIA ENQUANTO ESPERA (V. 12)
10. PACIENTES NA LUTA (V.12)
11. PERSEVERANTE NA ORAÇÃO (V.12)
12. AJUDARMOS COMO PUDERMOS NAS NECESSIDADES DOS IRMÃOS. (V.13)
13. SER HOSPITALEIRO (V.13)
14. ABENÇOAR E NÃO AMALDIÇOAR QUEM SE LEVANTAR CONTRA NÓS (V.14)
15. COMPARTILHAR ALEGRIAS (V. 15)
16. COMPARTILHAR TRISTEZAS (V. 15)
17. TRATAR TODOS IGUAIS (V. 16,17)
18. NÃO SER ORGULHOSO (V. 16)
19. AGIR COM HUMILDADE (V. 16)
20. NÃO SER SÁBIO AOS PRÓPRIOS OLHOS (V. 16)
21. NÃO QUEIRA SE VINGAR (V. 17,19)
22. SER HONESTO EM TUDO, POIS SERÁ TESTEMUNHO (V. 17)
23. ESTAR EM PAZ COM TODOS (V. 18)
24. CONFIAR QUE DEUS AGIRÁ POR NÓS (V. 19)
25. ABENÇOAR OS INIMIGOS. AJUDÁ-LO SEMPRE QUE NECESSÁRIO (V. 20)
26. FAZER O BEM SEMPRE PARA VENCER O MAL (V. 21)

Bom, acredito não precisar de explicações, cabe a nós olharmos nossas vidas e analisarmos o que temos deixado de fazer...

Senhor, ajudai-nos em nossas fraquezas. 

Ø  Texto base: “Não estou pedindo que o Senhor os tire do mundo, mas que os proteja do maligno.” João 17:15

Nessa oração de Jesus, não apenas pelos apóstolos, mas também por todos nós que creríamos nEle (v. 20), é solicitado ao Pai uma série de coisas, mas o v. 17 chama muito a atenção pelo fato de Cristo dar ênfase ao que Ele NÃO está pedindo (...que os tire do mundo...) mas que nos proteja do maligno.

Se pararmos para analisar tudo o que Jesus e os apóstolos transmitiram pela Palavra, quer fosse através de palavras ou por ações (testemunho), sempre veremos palavras de força, ânimo, esperança, não da forma que a igreja moderna tem feito dizendo que Deus vai exaltar fulano na terra, abater os inimigos de ciclano, vai fazer e acontecer, não! Definitivamente longe e antagônico a isso! Mas sempre as palavras eram para ajudar e ensinar, não apenas aos destinatários diretos, mas também a nós, que viríamos posteriormente, a enxergar e gozar de alegria, Paz, tranquilidade, mesmo em meio as piores provações, tornando-as bênçãos. 

O quadro da igreja de Cristo, aquela cujo compromisso é com a verdade divina, sempre foi e sempre será de perseguição, a grande prova disso está nas mortes brutais do próprio Cristo, dos apóstolos, (com exceção de João, que morreu de causas naturais, porém preso e exilado), de Estêvão e mais milhares de casos relatados e que ainda hoje acontecem, apenas no ano de 2014, mais de 100.000 pessoas morreram no mundo por serem cristãos, logo, eles raramente experimentavam outros tipos de situações, ou seja, aprendia-se a viver em tais circunstâncias, ou “pedia/pede para sair”. Entre todas as promessas de Cristo, podemos resumir em duas: que teríamos aflições e a vida eterna. Todas as demais, são consequências de nossa busca.
Sendo assim, a quais ações malignas Jesus referiu-se?

Bom, olhando bem rápido, de um modo resumido e superficial, já podemos afirmar que certamente Jesus não falava de ações malignas externas, mas sim o que elas poderiam nos causar internamente como: incredulidade, fraqueza espiritual, apostasia e morte também espiritual, ou seja, o grande “X” da questão, não é tudo o que o mal poderia fazer, mas sim as consequências desse mal...
De igual modo os verdadeiros cristãos não gostam das adversidades, mas sim do efeito que elas causam, por isso as tem como vitórias, pois aprenderam a olhar todos os tipos de sofrimentos como degraus que os elevam espiritualmente, fortalecendo-os assim, através do poder de Deus. Esse era o ponto a que Jesus se referia.

         Que aprendamos então a pedir forças ao Pai para prosseguirmos a jornada da fé no chão da vida, sabendo identificar e aproveitar as oportunidades nos dada por Ele, seguindo o conselho de Paulo aos filipenses para alcançar a Paz que excede todo entendimento humano:
                       
Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor.Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.Filipenses 4:4-7