Prosperidade e Assistencialismo



Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia.

No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade.
Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria
eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos.
E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.



O cenário: As igrejas da Macedônia (v.1) passavam grandes tribulações, como perseguições e fome, ao ponto de Paulo frisar que eram severas (v.2), apesar de extremamente pobres, tinham grande alegria, mesmo em meio a toda situação ruim, porém, o apóstolo surpreende-se com a atitude dos irmãos a ponto de “assinar em baixo” todo o ocorrido, afinal, deram tudo o quanto puderam, mesmo necessitando (v.3), POR INICIATIVA PRÓPRIA, ou seja, não precisaram ser induzidos a nada e nem por nada, sem trocas, sem votos, sem barganhas, assim o fizeram apenas por saberem da necessidade dos seus irmãos da Judéia que passavam situação igual ou pior, isso é AMOR...
Ainda perplexo, fala mais: “Eles nos suplicaram insistentemente (imploraram) o privilégio de participar da ajuda aos irmãos” (v. 4). Hoje em dia, até agradecemos quando oferecemos algum tipo de apoio e alguém o recusa, seria meio que “ufa, não precisarei sair da minha zona de conforto (ou empregar algum tipo de energia)”. Dar a mão a alguém que precisa, tornou-se incômodo, afinal,as pessoas são irritantes! Se nem paciência existe, imagina a disponibilidade em ajudar...

o Pastor Carlos Moreira disse algo que achei interessante:


                “A igreja não é uma empresa terceirizada para fazer o bem. Que adianta você dar o seu dízimo, entregando àquilo que, não raro, está sobrando, e não dar a ofertado seu serviço. Os cristãos pagam para que outros façam o trabalho duro enquanto eles se refestelam nos bancos de suas catedrais climatizadas. Sim, quase ninguém quer meter a mão na lepra do mundo, nem entrar nos antros da Terra, onde os indigentes de amor e de solidariedade agonizam em busca de paz e justiça. No último dia, a afirmação do Senhor será "tu me viste com fome e não me destes de comer, com sede e não me destes de beber, estava nu e não me vestistes, preso e não fostes ver-me...". Não há como comissionar a outro àquilo que só eu posso fazer, pois o juízo será conforme as obras de cada um, segundo a luz que em nossa consciência se fez revelação e Verdade, mas que jamais se materializou em atos de compaixão para com o outro...”
Esse texto toca diretamente em dois pontos: Prosperidade e Assistencialismo

Uma pessoa próspera, é aquela que mesmo tendo pouco, sempre encontrará alguém e como ajudar, busca oportunidades de fazer o bem, revelando o seu Senhor e não procurando registrar momentos para a sociedade, revelando-se, em nome do seu senhor (com ‘s’ minúsculo, pois desconheço tal senhor).

O assistencialismo começa ao doar-se, chamar a responsabilidade para si, somente após “abraçar” a causa com a alma, inicia estudando formas de executar as possibilidades para sanar as necessidades de nossos irmãos que sofrem, seja com recursos materiais, psicológicos ou qualquer outra área...

O grande problema da chamada “teologia da prosperidade” (entre aspas, pois isso, a meu ver não é teologia e menos ainda prosperidade), é que une esses dois pontos de uma forma errônea e completamente na contramão da realidade bíblica, o povo, sem conhecimento claro, perece por ensinamentos do tipo.



Para resumir tudo: Ou fazemos pelos motivos e sentimentos certos, ou tudo torna-se nada!!!

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