Todos nós fazemos dezenas ou centenas de escolhas diariamente, algumas boas, outras ruins, outras que não pareceram legais inicialmente, mas a longo prazo mostraram-se que foram as melhores e vice-e-versa.

Pode ser uma percepção errônea minha, mas hoje em dia, noto muito mais decisões precipitadas do que cautelosamente estudadas, o que não livra de erros, mas tende a diminui-los.

Fora as experiências pessoais, converso diariamente com pessoas que se queixam de diversas decisões erradas que geraram brigas, separações, endividamentos, mágoas, desempregos, mortes e muitas outras situações.

O pior de tudo é quando chegamos num ponto tal, que sabíamos que poderia ter sido diferente. Pontos que revelam onde estavam e quais são nossas prioridades, como é dito por aí, "percebemos depois que perdemos" e completo: "nem tudo é o diabo"...

As facilidades ajudam, por exemplo: É fácil ter um filho, comprar o carro possante que queremos, a mega moto que sonhamos, a casa gigante que planejamos, desejamos ter nosso próprio negócio, ninguém para mandar em nós ou ter um excelente emprego.

Mas não é tão fácil criar um filho, ainda mais no contexto em que vivemos e que piora a cada dia que passa, o carro possante e a mega moto geram muitos gastos, consomem muito e documentos caros, seguro... A casa gigante precisará ser limpa, nem sempre poderemos contratar alguém ou teremos disposição para limpar, ter um negócio não é nada fácil, muitas vezes os compromissos não nos deixam dormir e ser empregado pode ter o mesmo efeito e insegurança...

Todos sonhamos com vidas estabilizadas e com fartura e é possível com esforço e trabalho árduo, o Evangelho não está preocupado em proporcionar-lhe isso, afinal, quem prometeu riquezas a quem o adorasse foi o diabo e não Jesus.

O problema é que constantemente perdemos a noção e nos deixamos levar, tirando a prioridade do que é realmente importante, como: Deus (e sua obra), família (incluindo os animais que optou ter), amigos, saúde, pessoas necessitadas e a nós mesmos! Queremos juntar dinheiro anos e anos para uma super viagem, quando na verdade, um passeio na praça, praia e lugares próximos, somados a um picolé ou sorvete, já faria toda a diferença.

Dicas
  • Experimente ir a lugares simples e calmos, a pé se possível.
  • Tente desligar-se de tudo, desconecte a internet e a TV.
  • Compre jogos de tabuleiros.
  • Se tiver quintal ou algum lugar possível, faça uma fogueira (um adulto faça e em segurança, com areia e tijolos), se possível também, acampe!
  • Aos casados, levem suas esposas para passear, mesmo que tenham que deixar as crianças com os avós. Esposas, preparem um jantar diferente, à luz de velas, para não pesar os avós, deixe nas titias agora... Mas que ambos lembrem-se dos motivos pelos quais se apaixonaram...
Parecem apenas dicas de casamento, mas acreditem, segundo pesquisas entre executivos, as maiores frustrações e fracassos estão na desestruturação familiar, ainda que tenha "sucesso" no âmbito profissional, para essa questão, sugiro que assistam ao filme "CLICK" - com Adam Sendler.

Nossa 1° meta sempre será o lado espiritual, isso ajuda a construir todo o resto, mas tenho visto casos e mais casos de famílias, principalmente cristãs, não sabendo lidar com a espiritualidade e acabam fazendo besteira com as demais áreas, e infelizmente, quando trazem as questões, já trazem em avançado estágio, mas normalmente há restauração.

Todas as áreas da nossa vida devem caminhar juntas, fluindo, existem momentos que uma enfraquece, aí a necessidade das demais a segurarem, a espiritualidade flui na sinceridade, dá leveza na família e não lhe é um peso, essas duas bem firmadas, impulsionam as demais.

Deixo um pensamento de Jim Brown:
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."

A minha lista de prioridades (depois de muito bater cabeça), é:
1- Deus
2- Família
3- Trabalho

E a sua? Qual tem sido?


Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia.

No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade.
Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria
eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos.
E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.



O cenário: As igrejas da Macedônia (v.1) passavam grandes tribulações, como perseguições e fome, ao ponto de Paulo frisar que eram severas (v.2), apesar de extremamente pobres, tinham grande alegria, mesmo em meio a toda situação ruim, porém, o apóstolo surpreende-se com a atitude dos irmãos a ponto de “assinar em baixo” todo o ocorrido, afinal, deram tudo o quanto puderam, mesmo necessitando (v.3), POR INICIATIVA PRÓPRIA, ou seja, não precisaram ser induzidos a nada e nem por nada, sem trocas, sem votos, sem barganhas, assim o fizeram apenas por saberem da necessidade dos seus irmãos da Judéia que passavam situação igual ou pior, isso é AMOR...
Ainda perplexo, fala mais: “Eles nos suplicaram insistentemente (imploraram) o privilégio de participar da ajuda aos irmãos” (v. 4). Hoje em dia, até agradecemos quando oferecemos algum tipo de apoio e alguém o recusa, seria meio que “ufa, não precisarei sair da minha zona de conforto (ou empregar algum tipo de energia)”. Dar a mão a alguém que precisa, tornou-se incômodo, afinal,as pessoas são irritantes! Se nem paciência existe, imagina a disponibilidade em ajudar...

o Pastor Carlos Moreira disse algo que achei interessante:


                “A igreja não é uma empresa terceirizada para fazer o bem. Que adianta você dar o seu dízimo, entregando àquilo que, não raro, está sobrando, e não dar a ofertado seu serviço. Os cristãos pagam para que outros façam o trabalho duro enquanto eles se refestelam nos bancos de suas catedrais climatizadas. Sim, quase ninguém quer meter a mão na lepra do mundo, nem entrar nos antros da Terra, onde os indigentes de amor e de solidariedade agonizam em busca de paz e justiça. No último dia, a afirmação do Senhor será "tu me viste com fome e não me destes de comer, com sede e não me destes de beber, estava nu e não me vestistes, preso e não fostes ver-me...". Não há como comissionar a outro àquilo que só eu posso fazer, pois o juízo será conforme as obras de cada um, segundo a luz que em nossa consciência se fez revelação e Verdade, mas que jamais se materializou em atos de compaixão para com o outro...”
Esse texto toca diretamente em dois pontos: Prosperidade e Assistencialismo

Uma pessoa próspera, é aquela que mesmo tendo pouco, sempre encontrará alguém e como ajudar, busca oportunidades de fazer o bem, revelando o seu Senhor e não procurando registrar momentos para a sociedade, revelando-se, em nome do seu senhor (com ‘s’ minúsculo, pois desconheço tal senhor).

O assistencialismo começa ao doar-se, chamar a responsabilidade para si, somente após “abraçar” a causa com a alma, inicia estudando formas de executar as possibilidades para sanar as necessidades de nossos irmãos que sofrem, seja com recursos materiais, psicológicos ou qualquer outra área...

O grande problema da chamada “teologia da prosperidade” (entre aspas, pois isso, a meu ver não é teologia e menos ainda prosperidade), é que une esses dois pontos de uma forma errônea e completamente na contramão da realidade bíblica, o povo, sem conhecimento claro, perece por ensinamentos do tipo.



Para resumir tudo: Ou fazemos pelos motivos e sentimentos certos, ou tudo torna-se nada!!!


Às vezes demoramos bastante para aprender a beleza do servir...

Muitos, gostam dos púlpitos, gostam do dia de pregar, afinal, é a chance e a oportunidade que tem de mostrar os 'homens de Deus' que são. Gostam de ser chamados à sede da igreja, gostam das atividades que recebem direto dos seus superiores, gostam das 'apostas' que fazem neles...
Cegos!
Nenhuma outra palavra creio que define tão bem... Cegos! Sim! Não enxergam o caminho que trilham, dão passos e passos para longe do alvo, crendo vê-lo ao final... Como explicar? Miragem!


O que veem são indicações humanas, esdrúxulas e perversas, tão letal como o monóxido de carbono, que mata sem que notem... 
São levados a acreditar que obra de Deus é dar palavras lapidadas para que se encaixem no ego, instruídos onde o objetivo não é sarar, mas viciar... Viciar pessoas... Dar-lhes momentos de satisfação, duas horas talvez de um domingo, para que elas sempre queiram mais e voltem trazendo outro moribundo espiritual, uma vítima a mais desse sistema fétido...


Na prática, claro, nenhuma o faz, mas qual segue a Igreja primitiva, onde existia uma rotatividade positiva? Onde ganhavam, capacitavam e enviavam? Não haviam assentos marcados para os próximos dias...
Se existem pessoas acomodadas na igreja, CUIDADO: A Palavra pode estar sendo carnalmente satisfatória, o que vai completamente contra ao Evangelho, pois ou ele prepara ou ele afasta, não há meio termo...


Quando entendemos de fato a Palavra do Senhor, a simplicidade e informalidade que rodeavam o ministério de Cristo, passamos a compreender o que é um culto verdadeiro, entendemos que é nosso dever cultuar em todo e qualquer lugar com mais irmãos que assim o desejam também anulando o IDE e entendendo o INDO.


SER Igreja, aprender essa real definição: duas pessoas ou mais buscando o Senhor, em qualquer lugar...
Devemos começar a fundar Igrejas: Fundar uma em nossa casa, dar lugar a um culto ao Senhor, algumas no chão do centro da cidade, algumas em casas de reabilitação, orfanatos, filas de supermercado ou abastecendo, fundar Igreja em nosso trabalho, estarmos prontos para aconselhar, orar, ensinar e aprender.


Não podemos deixar que as pessoas saiam sem receber uma Palavra, se não souber o que falar, escute, ore, mas em todos os casos pode haver abraços, sempre teremos algo a oferecer...
Se nós as ajudamos? Não... Prefiro pensar que elas nos ajudam a desenvolver os dons e revelar o Mestre a quem servimos...
devemos descobrir a beleza do servir, assim como Jesus indo ao encontro, vivenciando, atento às necessidades e oportunidades.


Troquemos a busca por milagres sobrenaturais por milagres em nosso atual contexto, onde existem relacionamentos banalizados e levianos; Ver um casamento restituído, um pai voltar a ser um pai e um filho assumir papel de filho ou lares refeitos onde as drogas haviam dominado, já são milagres o suficiente...


Reafirmemos hoje nosso desejo e compromisso de servir, estarmos disponíveis aos que precisarem, amarmos onde houver ódio, cuidarmos onde não há carinho, darmos a mão quando todos se forem, buscarmos os perdidos de nosso Pai, assim como nosso Mestre, devemos ser abrigos contra ventos e tempestades, como rios em meio ao deserto, sombra refrescante de uma grande pedra numa terra castigada pelo sol, independente de raça, credo religioso, cor, opção sexual, posição social ou condição existencial...



Assim entendo que devamos servir e o fazer de bom grado... 
O que ganhamos com isso? Para que almejar algo além de agradecer (ao menos um pouco) o Nazareno por seu amor sacrificial provado na cruz do calvário? Tudo o que poderíamos receber, estava ali...